sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Passaporte da Leitura: Como as crianças entram no mundo da linguagem

Vicente Martins



Estudos mais recentes sobre os processos linguísticos e psicolinguísticos envolvidos na aquisição da linguagem das crianças no período escolar apontam o reconhecimento das palavras escritas como o passaporte das crianças para o mundo da leitura. Aquelas que reconhecem uma palavra escrita em um texto são capazes de desenvolver uma competência discursiva imprescindível para uma boa educação leitora e, mais ainda, para conviver com os outros na sociedade do conhecimento.



Ensinar os alunos a reconhecerem as palavras escritas nos livros, nos muros, nas placas, nos ônibus, nos sites é, sem dúvida, a principal missão educacional dos professores de língua materna e da escola de Educação Básica, isto é, formar leitores hábeis durante o processo de aprendizagem escolar.

O reconhecimento da linguagem escrita não é, porém, herança genética nem dádiva dos céus. As crianças necessitam de técnicas ou estratégias de reconhecimento das palavras para a leitura proficiente. O reconhecimento da palavra envolve, substancialmente, o domínio dos elementos fonéticos e estruturais das palavras, das regras de acentuação e silabação e a aquisição de um amplo vocabulário visual. São as ambiências escolares, com o ensino sistemático da língua materna pelos professores e com o apoio dos pais, que, fundamentalmente, levam as crianças a aprenderem e reaprenderem o reconhecimento da linguagem no mundo da leitura e da escrita.

Sem o reconhecimento da palavra escrita, não é possível o desenvolvimento da capacidade de aprender, soletrar, decodificar e compreender um texto escrito. Por definição, reconhecimento da palavra é o processo de determinar a pronúncia e algum grau de significado de uma palavra na forma escrita ou impressa. Também podemos definir o reconhecimento da palavra como a identificação rápida e fácil da forma, da pronúncia e do significado apropriado de uma palavra encontrada anteriormente em texto escrito ou impresso. É ele que aproxima o mundo da escrita do mundo da leitura, a palavra escrita da palavra falada, e faz com que a leitura de um texto escrito aprimore, por sua vez, o desempenho linguístico das crianças na escola, desde a Educação Infantil à Educação Básica.

Para o reconhecimento da palavra escrita, são necessárias as seguintes habilidades linguísticas:

(1) Percepção da palavra
(2) Identificação da palavra
(3) Discriminação da palavra

1 A percepção das palavras escritas

O processo de reconhecimento da palavra requer do leitor a percepção dela. Em que consiste a percepção da palavra? Consiste na identificação visual ou auditiva de uma palavra e algum grau de significado.

Graças à percepção da palavra, o leitor tem o conhecimento do significado apropriado após sua identificação ou seu reconhecimento. A percepção das palavras dependerá, todavia, dos significados que estão presentes na identificação e no reconhecimento delas.

O linguista Ferdinand de Saussure, no início do século XX, viu nas palavras mais do que “[...] unidades da língua escrita situadas entre dois espaços em branco ou entre espaço em branco e sinal de pontuação” ou “[...] unidades pertencentes a uma das grandes classes gramaticais, como substantivo, verbo, adjetivo, advérbio, numeral, etc., não levando em conta as modificações que nelas ocorrem nas línguas flexionais, e sim, somente, o significado” (visão gramatical). As palavras vão além das categorias gramaticais, especialmente nomes, substantivos, adjetivos e advérbios.

Para Saussure, as palavras eram (e são) signos linguísticos, isto é, são unidades linguísticas constituídas socialmente pela união de um conceito, ou significado, e de uma imagem acústica, ou significante, geralmente através de uma relação arbitrária, pela qual não existe uma semelhança formal entre o significante e o significado.

O estruturalismo saussuriano entendeu por significante a “[...] imagem acústica que é associada a um significado numa língua, para formar o signo linguístico”. Segundo o mestre de Genebra, essa imagem acústica não é o som material, ou seja, a palavra falada, mas, sim, a impressão psíquica desse som. Com essa compreensão do significante, nasciam as bases da Psicolinguística, ramo da Linguística que estuda a relação mútua entre o comportamento linguístico das pessoas e os processos psicológicos que se encontram, supostamente, por trás desse comportamento.

O linguista franco-suíço entendeu que as palavras tinham, do ponto perceptual, um significante, uma imagem acústica, entendida como uma “[...] face material, sensível, do signo linguístico (significante) ligada ao significado”. Para se entender bem esse conceito, bastar-nos-á lembrar palavras que, quando ditas ou ouvidas, nos sugerem nojo, repulsa, revolta ou tristeza. Uma palavra ou frase de efeito pode levar alguém a lágrimas de alegria ou de tristeza.

Por outro lado, Saussure viu, no signo linguístico, o significado definido como “[...] conteúdo semântico de um signo linguístico; acepção, sentido, significação, conceito, noção” ou, como assinalariam, mais tarde, os linguistas contemporâneos, o significado é “[...] a face do signo linguístico que corresponde ao conceito ou conteúdo”.

A rigor, só podemos dizer que o leitor tem a percepção da palavra quando é capaz de encontrar certo grau ou matiz de significado nela; daí entenderemos que o significado é central no processo de leitura, muito mais do que uma simples soletração ou decodificação leitora. É através do significado que o leitor poderá compreender, por meio das palavras do texto, o sentido possível, viável e atribuído ao texto pelo autor. É pelo significado que o leitor constrói o sentido do texto.

A percepção da palavra, através da identificação do significado linguístico, permite o alcance do significado da palavra e do sentido do texto, na verdade, dos sentidos textuais. Pelo menos duas formas de significado podem ser decantadas através da percepção da palavra: (1) significado gramatical: noção semântica que está contida nos morfemas gramaticais de uma língua e que é estabelecida dentro de um determinado sistema linguístico e dele depende; e (2) significado lexical: recorte que a semântica de uma língua faz na realidade físico-biossocial e que constitui o conteúdo de morfemas lexicais (raízes, semantemas, radicais, etc.), substantivos, adjetivos, verbos e advérbios.

Durante a leitura, se o leitor percebe que uma palavra traz um significado gramatical e lexical, terá as bases para a compreensão literal do texto e, a partir dessa competência, poderá inferir, ou seja, atribuir sentido ao texto lido; portanto, interpretá-lo. Encontrar sentido antes, durante e depois da leitura é, na verdade, desenvolver a faculdade de sentir ou perceber, de compreender e de julgar o texto. À luz da Filosofia, diríamos que é o sentido que nos permite captar uma determinada classe ou um determinado grupo de sensações, estabelecendo um contato intuitivo e imediato com a realidade e assentando, dessa maneira, os fundamentos empíricos do processo cognitivo. A leitura é um ato cognitivo. Mais do que um ato de produção de linguagem, sua complexidade a torna uma habilidade plenamente cognitiva.

Pensando na compreensão literal durante o processo de leitura, o sentido atribuído a um texto, no primeiro momento, expressa-se como “[...] aquilo que uma palavra ou frase podem significar num contexto determinado”. Em se tratando de procedimentos de leitura, poderemos falar em compreensão literal e compreensão inferencial.

A compreensão inferencial vai além do literal, enquanto a compreensão literal possibilita a localização de informações explícitas no sentido. Graças a ele, poderemos fazer inferência, de modo a permitir, por exemplo, a identificação de informações implícitas, uma vez que identificamos o tema e distinguimos fato de opinião relacionada a esse fato.

2 A identificação das palavras escritas

A identificação da palavra escrita é o processo de determinar a pronúncia e algum grau de significado de uma palavra desconhecida.

As habilidades de identificação da palavra comumente ensinadas são as seguintes:

Análise fônica.
Análise estrutural.
Habilidade no uso de dicionários.
Indícios de configuração.
Indícios de ilustração.
Indícios do contexto.
A análise fônica na identificação da palavra

No processo de ensino-aprendizagem da leitura, a identificação das palavras ocorre a partir dos sons da fala. O processo de análise fônica envolve a associação de sons da fala com letras e a combinação desses sons em sílabas e palavras. Na leitura inicial ou na chamada decodificação leitora, os leitores disléxicos, por exemplo, deixam de desenvolver, com proficiência, a habilidade de análise fônica.

No livro Leitura: Teoria, Avaliação e Desenvolvimento (Artes Médicas, 1987), Mabel Condemarín e Felipe Alliende afirmam que o aperfeiçoamento das habilidades envolvidas na análise fônica ajuda a criança a obter a adequada pronúncia das palavras. É através da análise fônica, segundo os autores (1987, p. 99), que a criança passa a dominar, progressivamente, a ortografia de sua língua materna e desenvolve, assim, habilidades para a rápida decodificação de palavras que contenham:

Consoantes de duplo fonema, como c, g.
Consoantes de duplo grafema (dígrafos): ch, lh, nh.
Consoantes seguidas de u mudo, como gue, gui, que, qui.
Consoantes seguidas de u pronunciado, como gue, gui, que, qui.
Ditongos e encontros vocálicos.
Encontros consonantais complexos, como obs, obv, str.
Grupos consonantais, como br, dr, tr, fl, bl.
A análise estrutural da palavra

A teoria da linguagem em muito pode contribuir para o desempenho do leitor em se tratando de identificação da palavra.É o caso da estrutura e formação das palavras, aqui simplesmente chamada de análise estrutural. Se, de um lado, a pronúncia escorreita dos fonemas e a consciência fonológica ajudam na decodificação leitora, isto é, na soletração da palavra, diríamos que os morfemas são fundamentais para a identificação das palavras escritas. O que são morfemas? Morfemas são, linguisticamente, as menores unidades linguísticas que possuem significado, abarcando raízes e afixos, formas livres (ex.: mar), formas presas (ex.: sapat-, -o-, -s) e vocábulos gramaticais (preposições, conjunções).

Para o estruturalismo norte-americano, o morfema pode ter, ainda, outras manifestações, como a ordem das palavras na frase, indicando as funções sintáticas dos constituintes ou a entonação sozinha, que pode mudar o sentido de um enunciado: “Você vai.” / “Você vai?”.

Eis os principais tipos de morfema relacionados com a linguagem escrita e decantados durante o processo leitor:

Morfema derivacional: trata-se de um afixo que cria um novo vocábulo, combinando-se com um radical (ex.: -eir, -o em livreiro); afixo derivacional.
Morfema flexional: o que é empregado na flexão dos substantivos, dos adjetivos ou verbos, sem mudar a classe da palavra (ex.: o -s do plural em irmãs); afixo flexional.
Morfema gramatical: um tipo de afixo que se acrescenta aos radicais dos nomes e verbos para expressar noções gramaticais de número, gênero, caso, pessoa, tempo, modo, etc., ou vocábulo da gramática (ex.: preposições, artigos e partículas que criam relações gramaticais na frase).
Morfema lexical: cada unidade indecomponível em unidades menores pertencente ao inventário ilimitado e aberto do léxico [aqui se incluem aquelas que ocorrem independentemente e as que só ocorrem combinadas com outros morfemas (derivacionais ou gramaticais), formando palavras].
Durante a leitura, os bons e maus leitores, inclusive os que apresentam dificuldades no aprendizado da leitura (dislexia) para identificar as palavras escritas terão que encontrar os elementos do significado das palavras, como re e ler na palavra reler.

A análise estrutural é poderosa auxiliar no entendimento do significado de uma palavra como um todo.

A análise estrutural (vem da noção de estrutura da língua ou das palavras), ou análise morfêmica (vem de morfema), em geral, envolve a identificação de:

Afixos: infelizmente, em que in- é prefixo; feliz, raiz; e -mente, sufixo.
Contrações ou aglutinações: fidalgo (filho de algo).
Terminações flexionadas e derivadas (desinências): casa, casas, casinhas.
Formas com hífen: pé-de-meia.
Palavras compostas: guarda-roupa.
Raízes: cabeleira vem de cabel-o.
Silabação: depósito (substantivo) X deposito (verbo).
A análise estrutural é usada como um recurso para a pronúncia ou leitura em voz alta ou, em combinação com a análise fônica, em programas de análise das palavras nos chamados métodos fônicos de leitura, os mais indicados para os casos de dislexia fonológica, isto é, nos casos em que os disléxicos apresentam dificuldade no reconhecimento de palavras e na correspondência de letras com sons da fala (fonemas).

Os indícios de contextos da palavra

No processo de leitura, o indício do contexto permite que os leitores tenham uma informação do cenário textual imediato que ajuda a identificar uma palavra ou um grupo de palavras, como por meio de palavras, frases, sentenças, ilustrações, sintaxe, tipografia.

No processo de leitura, o indício do contexto permite que os leitores tenham uma informação do cenário textual imediato que ajuda a identificar uma palavra ou um grupo de palavras, como por meio de palavras, frases, sentenças, ilustrações, sintaxe, tipografia.



Os indícios de configuração da palavra

Nas práticas de leitura, particularmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º a 5º ano, ou a partir dos seis anos), o indício de configuração é uma forma ou um contorno que auxilia na identificação da palavra. Em especial, o padrão que as letras fazem acima e abaixo do corpo principal da palavra, como em feliz, geleia, general, leitura. Graças a essa habilidade é que podemos distinguir os diversos tipos de letras na escrita:



Letra ascendente: letra cuja haste preenche o ombro superior do tipo, como d, l.
Letra caligráfica: letra manuscrita, grafada com elegância e harmonia, segundo certos padrões de estilo ou de beleza e excelência artística.
Letra capital ou capitular: letra grande, em geral ornamentada, com que se inicia um capítulo.
Letra de forma: letra impressa, letra de imprensa, letra redonda.
Letra de médico: letra ruim, pouco legível.
Letra descendente: aquela que ultrapassa a parte inferior da linha do tipo, como g.
Letra garrafal: caracter muito grande e legível.
Letra maiúscula: letra de tamanho maior e formato próprio, cuja fonética é a mesma de sua correspondente minúscula, sendo, geralmente, usada em início de períodos e de nomes próprios e como fator de destaque de certas palavras; letra capital, letra capitular, versal.
Letra média: aquela que nem é ascendente nem é descendente, como a, c, m, r, etc.; letra curta.
Letra minúscula: letra de tamanho menor em relaçãoà sua correspondente maiúscula e de formato próprio, mais apropriado para os textos em geral. É mais usada do que a maiúscula, exceto no início de período e de nome próprio.
O uso de dicionários

Na identificação das palavras, o uso de dicionários se faz necessário na medida em que desenvolve, no leitor, habilidades cognitivas relacionadas com a linguagem — como identificar uma palavra em um dicionário, na ordem alfabética, em série, respeitando a lógica da família lexical —, que são necessárias para muitos exercícios ou atividades metalinguísticas no aprendizado da leitura e da escrita.

3 Discriminação das palavras escritas

A discriminação das palavras pode ser definida como o processo de notar diferenças em palavras, especialmente em seus contornos visuais ou formais em geral. Para que isso seja possível, os leitores proficientes e, menos, os leitores disléxicos devem notar semelhanças e diferenças nas formas ou formatações das palavras escritas.

Ao certo, a discriminação visual deve ser entendida como o processo de perceber semelhanças e diferenças em estímulos por meio da visão, especialmente de textos. Sem essa capacidade, as crianças, especialmente as disléxicas, trocam grafemas (letras) simétricas como p, b, q e d.



Durante o ensino sistemático da caligrafia, na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os professores devem levar em conta que a habilidade caligráfica está muito relacionada com a destreza e o automatismo das crianças em desenhar algumas formas básicas e geométricas. Vejamos, no quadro a seguir, a relação entre forma geométrica e signo alfabético:

Quem é capaz, na Educação Infantil, de copiar ou desenhar as figuras círculo, cruz, quadrado, triângulo e losango desenvolverá, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a habilidade de grafar as letras minúsculas e maiúsculas do alfabeto.

UM CÍRCULO
(aos 3 anos de idade)

a b c d e g o p q u h m n s
B C G O P Q U D S

UMA CRUZ
(aos 4 anos de idade)

v x z t
T X Z

UM QUADRADO
(aos 5 anos de idade)

t f z i j l r
A E F H I L M N P R

UM TRIÂNGULO
(aos 5 anos e 6 meses de idade)

v x z
A V X Z

UM LOSANGO
(aos 6 anos de idade, quando ingressa no Ensino Fundamental)

v x z
V X Z N NH I J L

Por isso, um aspecto psicopedagógico dessa capacidade de processamento é o de adquirir sensibilidade aos traços distintivos de materiais impressos comuns, como as letras, as palavras e as frases. Segundo Theodore L. Herris e Richar E. Hodges, no Dicionário de Alfabetização: Vocabulário de Leitura e Escrita (Artes Médicas, 1999, p. 84), aqueles que não desenvolvem a habilidade de discriminação visual não farão o processamento mais rápido e acurado dos textos escritos.

Sugestões de leitura

COLOMER, Teresa, CAMPS, Anna de. Fátima Murad (Trad.). Ensinar a Ler, Ensinar a Compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002.
CONDEMARÍN, Mabel, ALLIENDE, Felipe. Leitura: Teoria, Avaliação e Desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed, 1987.
CONDEMARÍN, Mabel, MEDINA, Alejandra. Fátima Murad (Trad.). Avaliação Autêntica: um Meio para Melhorar as Competências em Linguagem e Comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2005.
ELLIS, Andrew W. Dayse Batista (Trad.). Leitura, Escrita e Dislexia: uma Análise Cognitiva. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1995.
GRÉGOIRE, Jacques, PIÉRART, Bernadette. Marian Regina Borges Osório (Trad.). Avaliação dos Problemas de Leitura: os Novos Modelos Teóricos e suas Implicações Diagnósticas. Porto Alegre: Artmed, 1997.
GUIMARÃES, Sandra Regina Kirchner. Aprendizagem da Leitura e da Escrita: o Papel das Habilidades Metalinguísticas. São Paulo: Vetor, 2005.
KATO, Mary. O Aprendizado da Leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
KLEIMAN, Ângela. Oficina de Leitura: Teoria & Prática. Campinas: Pontes, 2001.
MARTINS, Vicente. O Método Fônico na Alfabetização de Crianças. In: CLEBSCH, Júlio. Educação 2008: as Mais Importantes Tendências na Visão dos Mais Importantes Educadores. Curitiba: Multiverso, 2008.
SMITH, Frank. Beatriz Affonso Neves (Trad.). Leitura Significativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.

Vicente Martins é professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, Estado do Ceará.
E-mail: vicente.martins@uol.com.br.

Fonte:http:// http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=1426

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